13 de dezembro de 2011

No RN, Agrotóxico contamina 25 por cento dos alimentos


A maior área produtora de hortaliças da Grande Natal é a região de Gramorezinho, entre Natal e Extremoz, onde os produtores garantem que só usam agrotóxico com orientação técnica
Um relatório da Anvisa, divulgado na última semana, mostrou que 25% dos legumes, frutas e verduras comercializados no Rio Grande do Norte estão contaminados com agrotóxicos. A pesquisa, realizada em todo o país, coletou no Estado seis amostras de 18 itens e verificou a quantidade de resíduos de agrotóxicos e o tipo de substância utilizada. A média potiguar está mais bem posicionada que a média nacional, que ficou em 27% de alimentos irregulares.
 
 
 
 Pimentão, Morango, Cenoura e Abacaxi são os campeões de resíduos irregulares no Rio Grande do Norte

De acordo com a metodologia utilizada pela Anvisa, são irregulares os alimentos que contenham níveis de resíduo maiores que o permitido ou que tenham substâncias proibidas. Segundo o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), responsável pela fiscalização dos produtores e comerciantes de frutas, verduras e legumes, outra irregularidade comum é a utilização de um agrotóxico indicado para um tipo específico de cultura em outro vegetal. Esse uso também é proibido. "As grandes empresas costumam ter um controle mais rígido, enquanto os pequenos ainda penam por conta da falta de assistência técnica", explica Gilson Marcone, agrônomo do Idiarn.

Os dados do RN trazem itens em situação mais confortável que o do restante do país e também itens em situação mais preocupante. O abacaxi e a cenoura potiguares, por exemplo, tiveram 66% das amostras irregulares. A média nacional dos dois produtos é respectivamente 32,8% e 49,6%. Já o alface do RN tem uma qualidade bastante superior ao do restante do país. Não houve nenhuma amostra irregular nas estatísticas potiguares, enquanto que o Brasil possui 54,2% de sua produção com resíduos irregulares de agrotóxicos.

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